TEATRO NACIONAL 21

Desde 2011, com Glória ou como Penélope Morreu de Tédio de Cláudia Lucas Chéu (em cena no TNDMII e no TNSJ), que a TN21 se dispõe a desestabilizar e a promover a discussão na luta por este desígnio cultural comum. Em 2013, com Europa, Ich Liebe Dich de Cláudia Lucas Chéu (em cena no Teatro Rápido), mergulha numa disco-performance, com uma linguagem pronta à crítica mordaz, ágil na paródia à situação atual europeia; também em 2013, desta feita com Violência - fetiche do homem bom de Cláudia Lucas Chéu (em cena no TNDMII e no Teatro Carlos Alberto), houve uma intrínseca necessidade de confluir universos e linguagens em cena, onde o teatro e o cinema dialogaram sempre com o foco na provocação de um pensamento vivo, crítico. Em 2015, com Décimo Terceiro Andamento de Maria Quintans (em cena no espaço dos Primeiros Sintomas), existe uma performance com uma forte expressão literária, onde a imaginação e a linguagem jogam uma vulnerabilidade e penetração poética, com o intuito de salvaguardar e destacar a densidade da poesia antes de uma racionalidade. Em todos estes espetáculos, a TN21 desenvolveu o seu trabalho somente com o actor Albano Jerónimo, exceto em 2013 com Violência - fetiche do homem bom e em 2015, com o Décimo Terceiro Andamento. Textos editados pela Bicho-do-Mato e dirigidos por Cláudia Lucas Chéu. Em 2017, com Um Libreto para Ficarem em Casa Seus Anormais, dirigido por Albano Jerónimo, a partir de Rodrigo Garcia e escrito pelo dramaturgo Mickael de Oliveira (em cena no TNDMII, Casa das Artes de Famalicão e no Teatro Municipal do Porto/Rivoli), mantendo o mesmo núcleo artístico/de trabalho desde 2011 e acreditando neste "tráfego" permanente de linguagens artísticas, alargámos o nosso alfabeto em cena. Criámos uma Ópera, baseada na singularidade estética que caracteriza a TN21 e dialogando em cena com o teatro, o cinema, a música e o video maping. Continuámos o diálogo com o público encetado em 2011, sempre na busca de espectadores emancipados política e artisticamente. Com Veneno de Cláudia Lucas Chéu, continuamos a centrar o nosso projeto artístico no desenvolvimento das novas dramaturgias portuguesas. Em 2018, estreámos Veneno, de Cláudia Lucas Chéu, com encenação e interpretação de Albano Jerónimo e Luís Puto. O espetáculo percorreu vários teatros do país (estreou em Vila Nova de Famalicão, passou por Viseu e Ovar) e continua em digressão no presente ano de 2019. Em 2019, estreámos O Amante, de Harold Pinter, no Teatro da Trindade, com Custódia Gallego e Virgílio Castelo. A direção esteve a cargo de Albano Jerónimo e de Cláudia Lucas Chéu. Durante a pandemia, em 2020, e apesar das salas de teatro estarem fechadas, preparámos um projecto exclusivamente on-line. O texto de Paulo José Miranda, O Corpo de Helena, foi dirigido por Cláudia Lucas Chéu e interpretado por Albano Jerónimo,  António Durães, Emília Silvestre, Luís Puto e Marta Bernandes. Fizemos várias sessões on-line em directo, conquistando assim um público mais vasto através das redes sociais, espalhado pelo país e pelo estrangeiro, nomeadamente no Brasil. Ainda em pandemia, comemorámos também o Dia Mundial do Teatro através das plataformas digitais com a colaboração de vários artistas de leram excertos de textos da Teatro Nacional21. Vinte e um actores (Rita Blanco, o Albano Jerónimo, o João Reis, Isabel Abreu, Miguel Raposo, Luísa Cruz, Luís Puto, Emília Silvestre,  entre outros) foram lendo ao longo do Dia Mundial do Teatro esses textos. O dia culminou com uma apresentação em directo on-line do espectáculo Veneno de Cláudia Lucas Chéu, a partir da casa do actor Albano Jerónimo. Realizámos no último ano vários workshops e formações na área da escrita para cena, interpretação e poesia. Oficinas on-line de dramaturgia ministradas por Cláudia Lucas Chéu através da plataforma da Teatro Nacional21; idas a escolas, nomeadamente à ACE de Famalicão por parte dos directores da Companhia; Oficinas de poesia ministradas pela poetisa Maria Quintans, através da plataforma da Companhia. Utilizámos parte do fundo de emergência que nos foi atribuído ao projecto O Corpo de Helena numa bolsa para três companhia emergentes. Num concurso aberto a jovens actores/criadores que tivessem terminado os cursos superiores no ano anterior. Foram selecionados três grupos de artistas e criámos um micro festival intitulado Ciclo 2+1. Ainda durante a pandemia foi possível assistir aos três espectáculos das jovens companhias através da transmissão on-line em directo. Abrimos caminho a artistas no início de percurso, nomeadamente à Leonor de Vasconcelos (jovem cantora lírica que se estreou connosco) e que agora se encontra a estudar na Juilliard School em Nova Iorque; trata-se da primeira portuguesa a ser admitida nesta instituição. Neste momento, estamos em ensaios do espectáculo Orlando - tratado sobre a dignidade, a partir da obra de Virginia Woolf, cruzando-a com o massacre à comunidade LGBTQIA+ na cidade de Orlando em 2014. O espectáculo encenado por Albano Jerónimo e escrito por Cláudia Lucas Chéu, conta com as interpretações de Rita Loureiro, Eduardo Madeira, Diego Bragá, Pedro Lacerda, Aurora Pinho, André Tecedeiro, Luís Puto,  Solange Freitas, Maria Ladeira e Madalena Massano. Tem estreia marcada para Dezembro de 2021 no Teatro Vila Flor em Guimarães, seguindo depois para a Casa das Artes de Famalicão, para a Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal Sá de Miranda em Viana do Castelo, estando ainda incluído na programação do FITEI com apresentação no Rivoli .