UM LIBRETO PARA FICAREM EM          CASA SEUS ANORMAIS

"O centro deste filme consiste em ser um jogo teórico de subversão do mecanismo da comunicação, verdadeira rebelião contra esquemas que definem a realidade, o realismo e a ficção."

Werner Herzog

O "exagero" como medida justa e necessária.
Na sua versão original, Tivessem ficado em casa seus anormaisde Rodrigo García, expunha, através de uma linguagem trôpega e violenta, histórias contadas através de um prisma pessoal.
A teatronacional21 parte deste texto, mas não se circunscreve a ele. Cruza um outro imaginário, o de Werner Herzog na sua obra-prima Fitzcarraldo: história de um alemão melómano, que enceta uma empresa de exploração de borracha para gerar lucro que lhe permita realizar o seu sonho, construir um Teatro de Ópera na Amazónia

Neste espetáculo, Albano Jerónimo mistura estes dois universos para tecer a sua própria ficção: interpretar uma espécie de Fitzcarraldo que procura montar uma ópera em Portugal, no D. Maria II. Nela, ensina aos músicos princípios revolucionários, ora para cumprir o seu "sonho" de melómano, ora para instigá-los a revoltarem-se contra a classe política nacional. 

Criando um jogo insolente, a fúria desta ópera combate a seriedade mórbida das máscaras sociais e a cristalização dos "lugares comuns". O "exagero" como medida justa e necessária, revela-nos, por fim, uma arte frágil, inquieta, de reflexão e de combate.Sessão solidária a favor da 

a partir do texto de Rodrigo García

 criação e encenação Albano Jerónimo 

tradução e assessoria artística John Romão

libreto e adaptação Mickaël de Oliveira

intérpretes / músicos Albano Jerónimo / Anabela Moreira*, Ana Celeste Ferreira, Ana Lopes Gomes, Ana Rosa Teixeira, António Coutinho, António Parra, Carolina Sousa Mendes, Cláudia Lucas Chéu, Eliana Veríssimo, Helena Guerreiro, Joana Onório, Leonor Devlin, Luís Puto, Margarida Antunes, Maria Ladeira, Nuno Reis, Ricardo Gageiro, Rui Fonseca, Sofia Duarte Silva, Solange Freitas, Tiago Duarte, Vitor Ru

bailarinos Francisco Rolo / Gonçalo Andrade 

composição musical / ópera Vitor Rua

cenografia e figurinos Tiago Pinhal Costa

execução de cenografia Filipe Dominguez

desenho de luz Rui Monteiro

vídeo Oskar & Gaspar

spot vídeo Tom and Jelly

assistência de encenação Cláudia Lucas Chéu

coordenação de produção Francisco Leone

produção executiva Luís Puto

produção teatronacional21

coprodução TNDM II, Casa das Artes de Famalicão, Projecto Crinabel Teatro, Teatro Municipal do Porto

 M/14

Espetáculo criado com o apoio da República Portuguesa / Cultura, Direção Geral das Artes